sábado, 30 de janeiro de 2016

Meia maratona - Parte 2

Bem o terror de qualquer corredor aconteceu! Diarreia antes da corrida... que mais me poderia acontecer? Com isto tudo acabei por tomar um Imodium Rápido e lá fui eu rezando para conseguir aguentar a meia maratona. Estava meio desidratado mas não podia arriscar encher-me de água e aqui, em Mascate, parar à borda da estrada e evacuar não é opção! 

Os primeiros 5 km até ao primeiro abastecimento foram duros, tinha a boca seca e apesar da temperatura baixa que se fazia sentir em Mascate fazia um vento muito forte e o percurso junto ao mar sentia-se bem isso. Eu fui fazer um “treino longo”, ou seja, fui correr mas sem tentar bater um record, até porque o meu melhor tempo na distância é (era) 2h20m03s. Estava mesmo com sede e o meu ritmo era lento, como sempre fiquei muito para trás e saí com quase um minuto de atraso para os primeiros não tive problemas em posicionar-me para receber a água. Quando cheguei ao posto agarrei uma garrafa de 0,33l que foi uma surpresa, boa, porque eu precisava de água e como “treino” beber e comer em movimento ainda conservei a garrafa por uns dois quilómetros. doseando a ingestão de água. Lá me aguentei até ao próximo abastecimento e como levava um ritmo de 5m30s ou à volta disso por volta do quilómetro 7 estava a “sentir” pouca energia precisava de algo: e ali estava, banana! Banana e outra garrafa de água, e levava um ritmo de 5m20s. Tinha energia mas outra desgraça…Senti os pés escaldados e pensei que as Bikila Evo (FiveFingers) não tinham sido uma boa opção para a corrida - ou talvez as meias mais grossas. Como tenho corrido ultimamente com as FiveFingers não tinha as meias mais finas de verão, Injiji, todas para lavar, claro! Levo umas meias mais grossas e os pés ressentiram-se. Fugi sempre que pude para as bermas e a areia no caminho, raios e a ideia de levar “alpergatas de freak” para uma corrida séria - não foi uma experiência, tenho corrido ultimamente com este tipo de calçado, até já fiz esta distância, mas não neste clima. Em Versalhes cheguei a fazer treinos longos de 30km mas com 5ºC, 6ºC não com 18ºC. 

Aos 13km e com a estratégia da banana e água lá fui acelerando, encontrei o meu ritmo e lá fui eu, foi rolar, sem nunca passar das 160bpm, fiz maior parte da corrida entre os 145 e 160bpm. Comecei a passar muitos corredores, mesmo muitos, pelo menos uns 20! Aos 15km aumentei ainda mais o ritmo e comecei a correr perto dos 5m/km. Senti-me bem até ao fim e fui “apanhado”, a 2 km do final, pelo vencedor da maratona que levava 1h de avanço (partiram às 6 da manhã). Acompanhei o tipo o máximo que podia, mas o ritmo de 4m/km foi demais para mim e o último kilómetro abrandei para os 4m30 e consegui manter este ritmo até à 1h50m31s!!!!


Rapei uns meros 30 minutos ao meu melhor tempo e sei que podia ter feito mais, mas não quero parar mais de um dia para recuperar, fica para a próxima, fiquei muito, mas mesmo muito satisfeito! Terei de começar a abusar da velocidade e apertar mais comigo no mês de Fevereiro e talvez, talvez consiga chegar ao fim do MIUT! Por agora saboreio a minha façanha e continuo no meu percurso até aos 115km.

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