quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

100 dias para o MIUT

Gadgets
Confesso que sou um geek, ou em bom português um choninhas! Atenção, choninhas no que toca aos gadgets e à corrida. Tudo o que seja tecnologia ligada à corrida “tenho” de experimentar. Como não sou o tipo do DCRainmaker não tenho acesso a todos os produtos para experimentar na corrida. 
Quando comecei achei por bem utilizar o telemóvel. Tinha tudo o que eu precisava de monitorizar, e eu acredito que ainda tem, mas depois de alguma utilização comecei a encontrar os primeiros pontos negativos. Por exemplo: quando comecei a correr vivia em Vélizy e aquilo chove imenso e faz muito frio. Logo aqui encontrei dois dos grandes problemas da utilização do telemóvel nas corridas - estanquidade e a duração da bateria quando fazia muito frio. Bem a chuva tem solução barata, que ainda hoje utilizo por motivos diferentes, que é o saco de plástico com fecho zip, daqueles de congelar os alimentos por exemplo. Serve perfeitamente, hoje utilizo a mesma solução para o suor, resulta embora o ecrã táctil seja um problema com aquela camada de plástico por cima. Para o frio não há grande solução porque a bateria “vai” num instante. Manter o telemóvel junto ao corpo só resulta até um certo limite uma vez que depois temos o suor. Tudo isto serviu de desculpa interna me convencer a comprar um relógio com GPS, à prova de água , com duração de bateria razoável... Acabei por comprar o Garmin Fénix 2 o que para mim era mais do que eu precisava, mas como ia fazer o trail coloquei os mapas “dentro” do relógio e fiz pequenas porções como reconhecimento e treino para o trail. E depois aquilo dá um ar de PRO! Ou nem por isso porque quem olhar para mim vê um gordo que decidiu gastar uma pipa ed massa num relógio para correr uma dúzia de vezes e acabar os dias numa gaveta!
A uma semana do trail o relógio pifou! Entrei em pânico – logo aqui se vê o nível de chonisse – é só um relógio. Acabo por ficar mais preocupado com o relógio de que com a distância do trail que nunca tinha feito, muito menos naquelas condições. Quando se treina pode-se sempre dizer: bem já chega, foi um bom treino, mas em competição a meta existe e é, na maioria dos casos, para ser alcançada! E ali estava eu em pânico por causa de um relógio. Acabei por experimentar o Suunto Ambit Peak 3 mas não gostei, devolvi-o. Estava feito ao Garmin e tinha comprado um monte de sensores para que não eram compatíveis com o Suunto. 
Com tanta parvoíce e chonisse acabei por comprar um Garmin Fénix 3 – e agora devem de estar a pensar que eu sou rico ou que não tenho que fazer ao dinheiro – mas não sou rico e acabei por gastar dinheiro mal gasto nestes gadgets. 
Podia ter ficado por aqui mas mais tarde ainda comprei um aparelhómetro que mede a potência na corrida Stryd e outro para medir os níveis de oxigénio nos músculos! 
Tenho um monte de medidas que servem absolutamente para nada e em vez de perder o meu tempo em fazer um bom treino acabo por passar mais tempo a ligar geringonças e assegurar-me de que estas funcionam durante a corrida que concentrar-me na própria corrida. 
Os meus últimos treinos são passados mais com o telemóvel a tocar musica e levo o relógio com o monitor de frequência cardíaca e já está. Até é demais. 

Tento deixar a parte das medidas e das métricas para depois de atingir a performance desejada e até lá concentrar-me mais nos treinos. Para os interessados deixo aqui o site DCRainmaker para despertar o gosto por geringonças, com excelentes criticas, recomendações e comparações para que gosta de correr com montes de tecnologia.

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