Quer dizer há formas mais deprimentes, mas no top 10, esta está entre as 2 primeiras. Ao mesmo tempo que nutro um fascínio mórbido por este deprimente show, também não deixo de sentir um pouco de repulsa por todo aquele aparato. Chamem-me machista, misógeno, o que quiserem, mas não consigo achar piada nenhuma a uma gaja aos gritos com um véu e um piço de borracha na cabeça a chorar e agarrar-se às amigas a dizer que vão ser amigas para sempre (desde que o “sempre” seja até uma delas se meter na cama com o marido da recém casada ou a recém casada se enrolar com o instrutor de mergulho na lua de mel, mas isto já é deitar-me a adivinhar...)
No sábado passado andavam umas parvinhas de umas italianas nestes propósitos, no meio da Rambla, o que me leva a pensar que isto será mais uma coisa genética que cultural. Se um italiano já é um ser que nasce com o controlo de volume avariado, pior se for uma fêmea com véu cor de rosa seguida das outras amigas.
Há também a versão chique que eu vi na televisão em que a Carolina Patrocínio estava a organizar a despedida de solteira da irmã e aí percebi que é bem melhor andar na rua de véu e piço de borracha na cabeça, bêbada, e a partirem bolos fálicos nos restaurantes acabando a noite numa casa de strip agarradas a um tipo musculado e oleado desejando que os futuros maridos tivessem esse corpo.
É sabido que eu gosto de espetáculos deprimentes, decadentes, bizarros, e este é mais um, pode ser interessante mas visto a uma distância segura, se somos sugados para aquele vórtice de estrogéneo e histeria nunca se sabe como vamos acabar. Depois não digam que eu não avisei.
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