terça-feira, 22 de março de 2011

Pó censos que te pariu

Acho bem que se faça censos. É bom saber quantos habitantes temos, o seu ‘raio-x’, que é como quem diz: saber com detalhe os dados importantes da população portuguesa. Depois fazer alguma coisa com essa informação é outra história, mas fica giro nos relatórios da OCDE ou da Comissão Europeia e provar que não somos assim tão “atrasadinhos”. Agora contaram-me uma coisa que me deixa deveras preocupado com a veracidade deste levantamento. Disseram-me, uma pessoa que tem facebook, coisa que eu não tenho, que circula ali um apelo à indicação dos recibos verdes:

“Se trabalha a 'recibos verdes' mas tem um local de trabalho fixo dentro de uma empresa, subordinação hierárquica efectiva, e um horário de trabalho definido deve assinalar a opção 'trabalhador por conta de outrém’”


MAS O QUE É ISTO?


Eu não percebo nada da poda, mas ia jurar que tenho uma amiga a denunciar uma situação como esta acima descrita num tribunal, mas os censos diz que devemos assinalar ‘trabalhador por conta de outrém’ então está bem...


Se a minha amiga ganhar a causa no tribunal faço jurisprudência neste blog e chamo aos dos censos criminosos querendo esconder o verdadeiro estado do país. Eh pá, já que se vai fazer o investimento que se faça um investimento sério, responsável e que à partida não falseiem os resultados. Ora se uma pessoa está a recibos verdes, mesmo que tenha horário fixo, subordinação hierárquica efectiva e um horário de trabalho definido está A RECIBOS VERDES e não a trabalhar por conta de outrém!!!


A dualidade de critérios é chocante: deve-se responder de forma séria e verdadeira aos censos, sob pena de sanções... excepto se mentirmos segundo recomendação do formulário do censos, aí já não é crime, perdão, falsificação de resultados.

Ora se eu pegar num pedaço de merda meter numa taça com leite até ficar cremoso chamo-lhe mousse de chocolate? Não me parece!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Um Milhão


Será que existe mais de um milhão de putas em Espanha?

sexta-feira, 4 de março de 2011

Algumas considerações sobre culinária



Bem, aqui este vosso (pouco) humilde escriva meteu na cabeça que sabe cozinhar. Embora não domine nenhuma das técnicas dos chefes de cozinha, ou melhor mesmo não dominando nenhuma técnica de cozinha, apressei-me a equipar-me com os mais diversos aparatos de cozinha, muito deles profissionais.


Não distingo um sauté (acho que é assim que se escreve, dá-me preguiça ir ao google) de uma frigideira, mas apressei-me a comprar sautés, facas de chefe, utensílios com pinta de filme de ficção cientifica só para dar ar de profissional. Um gajo pode nem saber estrelar um ovo, mas ter uma faca para fazer filetes, outra legumes, coisas de forma exótica, dá logo um ar pro, não?!!! Agora vocês devem de estar já a perguntar: para quê tudo isto?


E eu respondo:


Para impressionar as gajas!

Ora outra coisa em que eu também sou bom, sendo mau, é a “engatar” miúdas. Não tenho jeito, pronto! Para mim a “coisa” passa sempre por um processo de aproximação e tal e depois de algum tempo e com algum “tacto” lá consigo alguma coisa – é o que dá não ser um gajo giro! Por isso a cozinha ajuda. É que para além de não ter jeito para engatar, alguém me conveceu ou eu li numa dessas revistas masculinas, que as miúdas adoram um gajo que cozinhe para elas (...). Já estão a ver o filme não?


Voltando aos tachos, e aos utensílios de cozinha, que são neste momento muitos e custaram-me uma bela pipa de massa, consigo fazer com alguns deles fazer truques giros, como cortar depressa como os cozinheiros e quase não corto os dedos no processo! Bem, dito isto, e sabendo desde já que utilizava a cozinha como engate, comecei a aprender a cozinhar, onde? Nessa grande escola de culinária que é a internet!


Quem é que precisa de escolas de cozinha quando tudo está a um passo de um clique, não? E pronto. Ah!, também comprei uns livros de cozinha, só para mostrar na prateleira, o que é sempre bom e também impressiona as miúdas.


Pronto, agora faço 2 ou 3 pratos mais exóticos, copiando os outros chefes e já dá para fazer uma coisa engraçada com os amigos, porque o resultado de toda esta dura aprendizagem deu frutos e já estou casado, e sim, enganei-a pelo estômago!


Ora isto da cozinha tem que se lhe diga, e cozinhar sem copiar e plagiar é uma coisa difícil se não mesmo impossível. Só por compreender esta dificulade eu não critico os cozinheiros que copiam, mesmo que digam que a receita é deles. Pronto, talvez não seja o melhor exemplo, mas um tipo que estrela um ovo copia a receita de alguém que em tempos se lembrou de fritar um ovo, mas também não se põe a dizer que quem inventou a receita do ovo estrelado foi. Ora todas as minhas receitas são adaptadas, e só tenho uma receita que é minha porque a inventei eu – pode ser que alguém faça a mesma coisa, mas eu nunca vi essa receita em nenhum lado e por isso a receita é minha.


Apesar de não ter acreditado imediatamente apressei-me a reproduzir essa receita já em Barcelona com um resultado supreendente. Assim ontem resolvi converter uns colegas de trabalho a essa receita para que estes também possam disfrutar de um pão de verdade, não a m**** que se vende em grande parte das padarias daqui que quando sai quente é bom, quando arrefece come-se e no outro dia está tão duro que pode ser utilizado pela polícia de intervenção para dispersar manifestações.


Uso uma outra receita, declaradamente copiada, melhor decalcada do New York Times do programa de Mark Bittman – Minimalist, uma receita de pão. Ora esta receita foi-me explicada en Nouakchott aquando de um jantar na casa de uma amiga. Aquilo era simples e consistia em pão que não é preciso amassar. Grande coisa! Todas as máquinas agora fazem isso. Mas não, aquela receita não usa máquina e o resultado, para mim, é muito melhor.

Escusado será dizer que o pão foi um sucesso e que desapareceu mais depressa que um bolo de chocolate, ainda por cima ainda vinha quentinho. Deixo aqui o link para os outros copiões e copionas, copiistas... sei lá para elas também.

 Mark Bittman